terça-feira, 13 de julho de 2010

Importância da família


O psicólogo salienta ainda a importância da família na escolha dos adolescentes. “A questão é que a família hoje está desestruturada, antes existia um respeito natural pelos pais e pelas autoridades. Mas hoje essa autoridade paterna é confrontada e a criança e o adolescente se rebelam. Isso é um reflexo da sociedade porque a partir do momento que se tem menos diálogo em casa o vinculo afetivo se perde. Os valores cristãos estão em desuso, estamos em um mundo onde se pode tudo e quando o adolescente é contrariado ele se revolta porque não aceita limites. Os pais precisam aprender a dizer não para os filhos e lidar com todos os limites”, esclarece.

Sobre o fato de uma adolescente namorar um rapaz mais velho o psicólogo Antônio Luciano diz que é natural. “Existe uma distancia física entre os adolescentes, no caso das meninas de 14 anos, por exemplo, elas não se interessam por rapazes da sua idade. Mas se interessam por rapazes maduros porque os garotos da sua faixa etária são desinteressantes. O que é preocupante saber é o tipo de relação que se estabelece em um namoro desse tipo com um rapaz mais velho. O que precisa é a presença dos pais para intervir de forma saudável”, enfatiza.

Namoro na adolescência: o que pensa pais e filhos


É comum encontrar adolescentes namorando cada vez mais cedo, um psicólogo analisa o comportamento desses jovens e ressalta a importância do diálogo entre os pais



Adolescentes de 13, 14 e 15 anos estão namorando cada vez mais cedo. O psicólogo Antônio Luciano Dantas alerta para esse tipo de relação precoce. “É um fato que as adolescentes começam a namorar cada vez mais cedo e também engravidam mais cedo. Há 10 anos 11% dos jovens namoravam antes dos 15 anos, uma década depois esse percentual triplicou. No caso da gravidez na adolescência também, em 1996 esse percentual era de 2%, hoje o número de grávidas abaixo dos 15 anos é de 6%”, disse o médico, ressaltando para os estímulos sofridos por esses adolescentes.

“Estamos em um mundo muito precoce, onde a criança começa a estudar cada vez mais cedo, meninas de 15 anos já estão prestando vestibular, então a criança é induzida a amadurecer mais cedo. Só que esse amadurecimento não ocorre no campo afetivo, o que acontece é que a gente ver criança no corpo de adulto. O adolescente funciona de acordo com o grupo que ele anda e muitas vezes existe uma submissão com relação ao namorado, onde a adolescente principalmente as meninas expõem o próprio corpo para o sexo, apenas para fazer uma vontade do namorado, ou então para não perdê-lo”, explica Antônio Luciano.

Adolescência


Adolescência é uma das etapas do desenvolvimento humano caracterizada por alterações físicas, psíquicas e sociais, sendo que estas duas últimas recebem interpretações e significados diferentes dependendo da época e da cultura na qual está inserida.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, adolescente é o indivíduo que se encontra entre os dez e vinte anos de idade. No Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece outra faixa etária: dos doze aos dezoito anos. Daniel Sampaio define adolescência como sendo uma etapa do desenvolvimento, que ocorre desde a puberdade à idade adulta, ou seja, desde a altura em que as alterações psicobiológicas iniciam a maturação sexual até à idade em que um sistema de valores e crenças se enquadra numa identidade estabelecida.
Muitas culturas reconhecem pessoas como “tornando-se adultas” em variadas idades. Por exemplo, a tradição judaica considera como adultos (membros da sociedade) os homens aos 13 e as mulheres aos 12 anos de idade, sendo a cerimônia de transição chamada Bat Mitzvah para as garotas e Bar Mitzvah para os rapazes. Os jovens católicos de ambos os sexos recebem o sacramento da Crisma por volta da mesma idade. No Japão a passagem para a idade adulta é celebrada pelo Seijin Shiki (ou “cerimônia adulta” em tradução literal).

A legislação de cada país prevê sua idade formal de maioridade, quando adolescentes passam a ser tratados como adultos.
Os aspectos físicos da adolescência (crescimento, maturação sexual) são os componentes da puberdade, vivenciados de forma semelhante por todos os indivíduos. Quanto às dimensões psicológica e social, estas são vivenciadas de maneira diferente em cada sociedade, em cada geração e em cada família, sendo singulares até mesmo para cada indivíduo. É neste contexto de alteração do próprio corpo e também de uma maturação ao nível do intelecto (operações formais e abstractas), que o adolescente procura entender quem é e qual o seu papel na sociedade em que vive: interessa-se por problemas de ordem moral e ética e, por vezes, adopta ideologias.
Atualmente, o conceito mais aceito é o de que não existe adolescência, e sim adolescências em função do político, do social, do momento e do contexto em que está inserido o adolescente. A adolescência guarda ainda especificidades em termos de gênero, classe e etnia.

Fonte: Wikipédia

Adolescentes: afinal, quem são os “aborrecentes”? Roseli Santos de Oliveira


Segundo pesquisas, o conceito Adolescência está relacionado a questão do jovem como “problema” há muito tempo. Frases como: -“Os filhos de hoje já não respeitam mais os pais”, nos são familiares. Do ponto de vista do mundo adulto, o adolescente é um ser em desenvolvimento e em conflito. Este se origina nas mudanças corporais, fatores pessoais e conflitos familiares. O adolescente é considerado “maduro” quando se adapta à estrutura da sociedade, ou seja, quando se torna mais uma “engrenagem do sistema”.

Muitos dos manuais que se dirigem a adolescentes encaram esta fase dessa maneira para não “quebrar” o tradicionalismo e os ensinam a comportar-se de acordo com o que a sociedade espera deles. Porque as mudanças, que podem surgir com os questionamentos e conflitos que explodem no adolescente, é uma ameaça para a sociedade tradicional. Significa “perigo”. Diante de um perigo torna-se mais simples enclausurar as ameaças desta fase, aplicando-se um rótulo de “crise normal” para fazê-los adaptar-se às regras, isto continuará preservando a sociedade. A adolescência é uma fase de mudanças. É a passagem de uma atitude de mero espectador para atitude ativa, questionadora, geradora de revisão e conseqüente transformação. Numa sociedade acomodada e tradicional, mudanças são ameaças e isto assusta, então mais fácil o comodismo.

Afinal, a maioria dos adultos não gosta de ser questionado, muito menos de mudar seus valores, princípios e padrões de comportamento.
O adolescente é questionador por natureza. Todo adulto já passou pela fase da adolescência, e talvez possa lembrar-se como fora frustrante ser incompreendido.
Para entender um adolescente é preciso olhá-lo de um ponto de vista bem mais amplo que o tradicional. “Aborrecentes” é um termo conhecido e utilizado por muitos adultos referindo-se aos adolescentes. Quem merece este termo? Quem aborrece quem? Os jovens aos adultos? Ou vice-versa? Já é hora de muitos adultos limitados e acomodados (verdadeiros “aborrecentes”) começarem a questionar-se, aceitar e aprender com essa fase de transformação do jovens ao invés de aborrecer-se. Agir como o habitual é mais confortável e cômodo, porém, sair do tradicionalismo faz bem, aprende-se muito mais e traz soluções. Começar a ouvir os jovens adolescentes e aceitá-los amenizará os conflitos e criará empatia, isto favorecerá o relacionamento.
O diálogo e a compreensão é o meio mais inteligente para educar e encontrar soluções. Aprendemos muito mais ouvindo do que falando.

Faz-se necessário questionar quem são os aborrecentes. Jovens em fase de adolescência ficam constantemente aborrecidos com as limitações impostas por adultos e podem sentir revolta. Limites são muito importantes e devem ser colocados, todavia, os meios pelos quais serão colocados podem ser inúmeros, e não precisam ser limitantes nem “aborrecentes”. Os adolescentes costumam ser dóceis, amáveis e muito flexíveis quando conseguem um diálogo onde são compreendidos. Isto além de criar um ambiente de confiança e amizade ajuda na busca de soluções com maior rapidez e eficiência.
Lembre-se: Diálogo é sempre o caminho mais inteligente!

Estatuto de proteção à criança e adolescente completa 20 anos

Do Metro
cidades@eband.com.br

O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) chega aos 20 anos nesta terça-feira, mas ainda provoca polêmica. Não há dúvidas de que a lei número 8.069, de 13 de julho de 1990, serve de importante instrumento jurídico para a garantia do direito infantojuvenil. Por outro lado, especialistas divergem quando o assunto é a necessidade de adaptações nas regras já estabelecidas.

Até que ponto, por exemplo, o jovem que cometeu um crime deve ser amparado pelo ECA? Ricardo Cabezón, presidente da Comissão de Estudos sobre o ECA da OAB-SP, defende a proporcionalidade da medida sócio- educativa à gravidade do ato praticado. O presidente da Fundação Criança, Ariel de Castro Alves, é contrário à redução da maioridade penal já que “o sistema prisional é falido”. Veja abaixo mais sobre a opinião dos dois especialistas.

Sem mudança

Metro: Quais os avanços proporcionados pelo ECA e o que deve ser mudado?
Ariel de Castro Alves: A principal conquista foi a garantia do acesso ao ensino. Hoje, 98% das crianças cursam o ensino fundamental e 82% dos adolescentes, o médio. Antes, não chegava a 60%. O ECA é uma das leis mais avançadas. O problema é o distanciamento entre a teoria e a prática, além da falta de oportunidade aos jovens. Sou contra a redução da maioridade penal porque o sistema prisional é falido. Estaríamos formando criminosos profissionais cada vez mais novos.

Adaptações

Metro: Quais os avanços proporcionados pelo ECA e o que deve ser mudado?
Ricardo Cabezón: O ECA mostrou que o filho não é objeto de propriedade dos pais. Um problema foi a alusão do ECA à impunidade. Não defendo mudanças, mas adaptações. Pelo ECA, qualquer que seja o ato infracional, o jovem terá como medida sócio-educativa internação máxima por três anos. Somos favoráveis a uma medida proporcional à gravidade do ato. Há situações em que o jovem, bem encaminhado na marginalidade, necessita de mais tempo.

sábado, 10 de julho de 2010

Como falar aos jovens sobre drogas


Nos dias de hoje, o adolescente recebe um bombardeio de informações através dos meios de comunicação, que o deixam inteirado de tudo o que se passa ao seu redor.
Ao se falar em droga, certamente vamos despertar sua curiosidade, que deve ser utilizada para a formação de conceitos sadios e exatos sobre as drogas e as desvantagens de seu uso.
Pais e professores, devem, através de orientação segura e sem nenhum alarme, criar a condição necessária para que o adolescente se torne refratário aos assédios de maus amigos e traficantes.
É na adolescência, ou pré-adolescência, que se deve dar maior destaque a um programa de caráter educativo preventivo.
Devemos observar que os traficantes, sabedores que nesta fase se consegue o viciado certo de amanhã, nos dias de hoje, estão levando para o mundo das drogas meninos e meninas de até 9 anos, portanto, o quanto antes iniciarmos nossa conscientização, não estaremos cometendo exagero algum.